Para o povo Ga, residente na região leste do Gana, a morte não significa propriamente um fim mas sim uma passagem para um novo patamar espiritual onde se encontram os seus ancestrais dotados de um grande poder. As famílias dos defuntos unem-se e gastam imenso dinheiro para assegurar que os seus ente queridos tenham a melhor partida possível, para que já no “outro mundo” sejam solidários com os que permanecem vivos.
Os okadi adekai ou caixōes dos provérbios, simbolizam um estatus social e a importancia do defunto num Gana moderno. Acredita-se terem sido criados com base nos palanquins figurativos utilizados para transportar os chefes e reis do seu povo nos ritos de iniciação já desde 1925. Os palanquins eram inspirados nos símbolos das respectivas famílias, geralmente animais ou plantas, e escondidos do olhar publico apôs as cerimonias, como insígnias reais.
Os chefes e reis do povo deveriam ser enterrados da mesma forma que se iniciaram, mas os sagrados palanquins jamais se deveriam sacrificar e portanto iniciou-se o costume de criar caixões figurativos em substituição.
Esta pratica finalmente ganhou popularidade nos anos 50 e artesãos como Kane Kwei, Ataa Oko, Paa Joe, entre outros, igualmente produtores de palanquins, começaram a produção em massa dos extravagantes caixões.Estes passaram a representar ocupações, gostos, posses ou desejos pessoais do povo Ga.
Em 1989, os caixões são expostos em Paris na exposição “Les Magiciens de la Terre” e desde então rodaram o mundo e seus museus: Londres, Texas, Brooklyn, Japão, Coreia, etc, como peças de arte.
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