Enquanto para muitas crianças e adolescentes de sociedades mais modernas (e não só) ir à escola chega a ser sinônimo de rotina e aborrecimento, os estudantes da Vila Maloko, em Lagos – Nigéria, vivem uma bonita história de esforço comunitário e superação de barreiras. A vila fica em torno de uma grande lagoa e sofre com as constantes inundações que acontecem devido a imprevisíveis alterações no clima.
Com vista a melhorar as condições dos alunos, que são impedidos de estudar em alturas de cheias, a NLÉWorks, empresa de arquitetura do nigeriano Kunlé Adeyemi, com a ajuda do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), projetou a Escola Flutuante de Makoko.
Trata-se de uma uma estrutura móvel que adapta-se aos diferentes níveis da água, tornando-se eficaz contra tempestades e enchentes. Foi desenhada para usar energia renovável, reciclar lixo orgánico e para coletar água da chuva. Por ter um formato triangular – ideal para um objecto flutuante – tem um centro de gravidade relativamente baixo e assim garante estabilidade e equilíbrio mesmo perante fortes ventos.
A escola foi construída pelos próprios habitantes e tem 16 modulos de madeira, cada com 16 barris de plástico vazios e canas de bambu crescidas na região. A estrutura, que tem 2,368 metros quadrados pode acomodar entre 60 a 100 pessoas.
O projeto já está a ser expandido e além da escola, casas serão construídas na região com a mesma solução estrutural (fotografia do projeto, logo abaixo). Além de tudo, o projeto tem servido de protótipo com intenções de ser aplicado em outras regiões africanas que passam pelos mesmos desafios.
Via | Fotos: ©NLE, ©cmapping.net, ©Iwan Baan