A ‘Not Impossible’s Labs’ é uma empresa da Califórnia que lidera uma louvável iniciativa: criar membros artificiais para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos amputados que vivem no Sudão do Sul. O fator que diferencia estas próteses é que elas podem ser fabricadas por uma impressora 3D conectada a um computador. O processo para fazê-las leva seis horas e custa cerca de 100 dólares.
O primeiro beneficiado deste projeto foi um jovem de 16 anos chamado Daniel Omar. Ele vive com 70.000 pessoas no campo de refugiados Yida, no estado de Unity, no Sudão do Sul. Omar perdeu seus braços por culpa de uma bomba – mesmo protegendo-se atrás de uma árvore. Quando Mick Ebeling, fundador da Not Impossible’s Labs soube da história, ele traçou um plano para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados pela guerra que ainda acontece na região – Sudão se dividiu em dois países oficialmente em julho de 2011.
A iniciativa se chama ‘Projeto Daniel’ em homenagem a este jovem que teve a graça de provar o primeiro protótipo fabricado por uma impressora 3D. Em novembro do ano passado, Omar pode alimentar-se pela primeira vez em dois anos sem ajuda de uma pessoa externa, graças a seu braço artificial. O material de fabricação é o plástico.
O projeto conta com a colaboração de profissionais de várias especialidades como Richard Van As, o criador da Robohand, uma companhia que fabrica dedos, mãos e braços robóticos com a ajuda de impressoras 3D, e Brook Drumm, o fundador da Printbot, uma firma que fabrica impressoras 3D. O ‘Projeto Daniel’ tem como principais apoiadores tecnológicos a Precipart Corporation e a Intel.
A ‘Not Impossible’s Labs’ ganhou fama mundial em 2010 quando apresentou um óculos que permite que pessoas com paralisia se comuniquem com os olhos. É chamado de Eyewriter e foi eleito como um dos 50 melhores inventos do ano pela revista Time.
Texto original escrito para o Destino Africa